Discipulado para todos

É importante que o pastor seja aquele que implante o discipulado, de forma que possibilite a participação de toda igreja. Ensinando que todos os discípulos de Cristo precisam viver a importância do discipulado e encarar como uma necessidade para toda a vida. Sabendo que um discípulo maduro espiritualmente pode ajudar outros, a crescerem na graça e no conhecimento de Cristo Jesus, conforme a orientação de Paulo a Timóteo: “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros” (2 Tim. 2.2).

A escolha de discipuladores não deve passar pelo critério de quem tem mais tempo de igreja, nem com cargos importantes na organização, e sim, pelo crivo da maturidade cristã..

Tenho certeza de que apesar de ser bíblico, e de se ter bastantes informações sobre o discipulado na igreja, é possível que a idéia de discipulado da forma como temos falado, se torne para alguns algo ainda estranho. Isto porque na prática o discipulado é voltado apenas para novos crentes e não se dimensiona alcançar a realidade de crentes antigos e muitos até com a vida cristã um tanto deformada.

A crise moral dos nossos dias tem encontrado espaço no meio do povo de Deus. E para esta realidade, o discipulado representa uma grande oportunidade para trabalhar o caráter dos discípulos de Cristo, a começar pelos seus líderes. O discipulado pode e deve percorrer esta estrada esburacada, no propósito de obter transformação da realidade, caso contrário, pode ser qualquer outra coisa, menos discipulado.

É obvio, começar com a liderança da igreja. Se os líderes não abraçarem, os demais irmãos terão completa dificuldade em aceitar. Uma vez implantado com os líderes, o pastor observará quem abraçou a visão mais facilmente, podendo ser preparado para a multiplicação, para alcançar novas pessoas. A partir daí a visão bíblica do discipulado já deve está massificada possibilitando ao pastor estruturar o início de um programa na igreja.

Como tudo aqui passa pelo fator sugestão, entendemos como necessário que o pastor esteja inserido em um grupo de discipulado para pastores. Porque o pastor cuida de tantos, mas, quem cuida do pastor? Se a resposta for Cristo, isto também pode aplicar a todo rebanho e não precisaria do pastor cuidando das ovelhas do Senhor. O pastor não é um super homem! Como qualquer discípulo, precisa está inserido num discipulado ou em grupo com outros pastores, ou através de mentoria. O pastor da igreja pode até implantar um ótimo programa de discipulado, mas não transmitirá legitimidade se ele não valorizar a importância da sua vida ser discipulada por outra pessoa.

A grande dificuldade de pastores, fazerem parte de um grupo de discipulado, que tem como valores a prestação de contas e o cuidado mútuo, está na descrença de que seja possível caminhar para desenvolver um relacionamento que gere confiança e crescimento com outras pessoas. Mesmo assim, partilhar nossas vulnerabilidades com outros não deixa de ser encarado como um risco. Porém, o medo faz com que muitos não acertem o caminho da cura e continuem sozinhos e atolados em meio a grandes problemas.

Sugiro o livro DISCIPULADO TRANSFORMANDO IGREJAS, de Josué Campanhã, para quem deseja implantar o discipulado na igreja.