quinta-feira, 1 de março de 2012

CARTA MISSIONÁRIA


Olá! Saudações de um país em festa! Hoje, 1° de março, é um dia especial no calendário romeno (Ziua Martisorului). Para celebrar o mês em que chega a Primavera, todos trocam flores e pequenos broches com motivos naturais. Muito embora Filipe esteja frustrado, pois ao acordar, percebeu que ainda estava tudo branco na rua, todos esperamos com expectativa a chegada da mais bela estação do ano e com ela, o ressurgimento da vida, para nós, ilustração do que Deus vai fazer aqui no plano espiritual. Aproveite esta carta que foi preparada com todo carinho e que exalta o cuidado de Deus por nossa família.

Seus amigos: Jorge, Virgínia, Elisa e Filipe.

CELEBRANDO A COMUNHÃO NO PEQUENO GRUPO



Cada vez mais, estou convencido da importância da estratégia de pequenos grupos. Seja através de núcleos de estudos bíblicos, grupos caseiros, ou ministério em células, representa ferramenta perfeita para agregar pessoas no objetivo de que elas ouçam a mensagem do Reino de Deus. Muitos sentem dificuldades em aceitar um convite para uma programação no templo da igreja, mas estão abertas a participarem de encontros semanais, revelando desejo de estudar a Palavra de Deus.

Após dois meses de convivência, refletindo na Palavra de Deus, o grupo que funciona semanalmente no meu apartamento, com apoio da Igreja Batista Memorial em Piedade, celebrou a comunhão do grupo, em um jantar no dia 25 de fevereiro, num restaurante de um hotel de nossa cidade. Tem sido uma experiência maravilhosa liderar este grupo, formado inicialmente com a participação de 13 vizinhos.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

GRANDE PERDA!

A trágica morte do Bispo Robson e sua esposa Miriam Cavalcanti, da igreja Anglicana em Recife, no domingo 26 de fevereiro, na cidade de Olinda, PE, representa uma grande perda, não apenas para a comunidade a qual se dedicava na atividade pastoral, mas, para toda comunidade cristã em geral.

Roguemos ao nosso Deus o conforto para os que se encontram enlutados.

A HISTÓRIA DE ROBSON CAVALCANTI

50 anos de crente (1960-2010)
Vinte e um de abril de 1960 - inauguração de Brasília como Capital Federal. Os alunos internos do Colégio Evangélico (presbiteriano) 15 de Novembro (em Garanhuns, PE) foram liberados naquele feriado. Em breve eu completaria 16 anos. Sento-me na cama, no quarto 3, e medito, reconhecendo meu estado de pecaminosidade, a perdição eterna, a salvação oferecida pela soberania e pela graça de Deus na morte de Cristo na cruz e a necessidade de arrependimento, entrega de vida e confissão dele como Senhor e Salvador, pela fé concedida pelo Espírito Santo. Ajoelho-me ao lado da cama e, não resistindo à graça, faço uma oração em decisão culminante da conversão. Deixo de ser um religioso para me tornar um cristão. Paz profunda. Certeza de salvação. Deixo o prédio do colégio e vou para o parque Ruben van der Linden (o “Pau Pombo”) ler um jornal e contemplar a natureza.

Começava uma nova vida, resultado de uma peregrinação. Nascera em um lar religiosamente misto: um pai médium kardecista e uma mãe católico-romana. Estudara o catecismo do padre Álvaro Negromonte, fizera primeira comunhão na Paróquia de Santa Maria Madalena, em União dos Palmares, AL, com a figura austera e erudita do monsenhor Clóvis Duarte de Barros, e fora crismado pelo arcebispo de Maceió Dom Ranulfo Farias, auxiliado pelo coadjutor Dom Aldemo Machado. Um primo da minha mãe, Teófanes Augusto de Araújo Barros, era cônego da Catedral, e outro primo, Gerilo, era aluno do Seminário Maior.
Minha vida de criança e adolescente se centrava na igreja: missas, novenas, procissões. Influência maior vinha de minha avó materna, Veríssima (Lissú). Aos 13 anos fui autorizado a assistir à primeira sessão espírita, tendo meu pai como médium e minha avó como espírito baixante (muito “familiar”). Comecei a ler a literatura espírita e a ocasionalmente frequentar sessões pelos cinco anos seguintes. Aos 14 anos, três impactos: a) a leitura de uma biografia de Maquiavel como embaixador no Vaticano abala minha visão do papado e da própria Igreja Romana; b) a leitura de uma biografia de Lutero escrita por um historiador reformado francês me faz descobrir um novo herói da fé; c) um marceneiro adventista, Josué Clementino, me faz abrir uma Bíblia (edição católica) em Êxodo 20 e me desafia a fazer um curso bíblico por correspondência (escondido dos meus pais). Um colega de classe, José Amorim Feitosa, me leva a conversar pela primeira vez com um pastor evangélico, o batista Gamaliel Perruci, sobre graça e lei. Continuava assíduo à igreja, comungando diariamente durante as férias e tendo proveitosas conversas com o meu pároco, lendo da sua biblioteca. Terminara o ensino fundamental (curso ginasial) e optara pelo então curso clássico para o segundo grau. A providência divina me conduziu ao colégio presbiteriano, com cultos diários, aulas de Bíblia e a convivência com os “candidatos ao ministério”.
Passo a frequentar a Igreja Presbiteriana Central (rev. Henrique Guedes), estudando na escola bíblica dominical sobre as viagens de Paulo e tendo como professor o advogado Urbano Vitalino (o avô). Prega na igreja e no colégio o rev. Antonio Elias, de Niterói, RJ, um evangelista reformado de “coração aquecido”. Foi o último “empurrão do céu” para a minha decisão. Naquele dia, disse: “Vou ser um crente na Igreja Católica”. No ano seguinte (1961) estou no Recife, estudando com os jesuítas no Colégio Nóbrega: missa nas sextas, praia aos sábados, cinema aos domingos e... sessão espírita nas quartas. Vou a uma igreja presbiteriana “burguesa” e não me sinto bem com uma mocidade fútil. Fastio da alma. O marceneiro alagoano me envia um diácono e o presidente da mocidade da Igreja Adventista: conversa, orações, lição da escola sabatina, cultos. Grande ajuda espiritual, mas lhes falo que tenho discordâncias e que não me filiaria àquela denominação, à qual sou sempre grato.
Termino o segundo ano do curso clássico e vou de férias para a casa dos meus pais. Intenso período de reflexão, que me leva a três decisões importantes: a) diante da incompatibilidade entre os ensinos da Bíblia e os de Kardec, deixaria de frequentar, para sempre, sessões espíritas; b) diante da minha descrença na maioria dos seus dogmas caracterizadores, deixaria a Igreja Romana; c) como não deveria viver a fé isoladamente, me filiaria a uma igreja evangélica, de preferência histórica, litúrgica e não-legalista. No Recife daquela época (1962), a Igreja Anglicana só tinha cultos em inglês e uma Igreja Luterana (IECLB), em alemão. Perto da casa dos meus avós paternos (Manoel e Josefa, “mãezinha”) ficava a Igreja Luterana do Brasil (IELB), com cultos em alemão e em português. Congrego-me e estudo com avidez. Dia 31 de outubro de 1963, Dia da Reforma (19 anos, aluno de ciências sociais na Universidade Católica e de direito na Universidade Federal), pelo rito da confirmação, professei publicamente a minha fé e me tornei um protestante de carteirinha.
Desligo-me da Igreja Romana em plena efervescência do Concílio Vaticano II, cujos documentos finais eu acompanhei e estudei. Passo doze anos na condição de aluno e, depois, professor na Universidade Católica de Pernambuco (dos jesuítas), exposto às encíclicas sociais pontifícias e à filosofia solidarista de Gabriel Marcel, Jacques Maritain e Emmanuel Mounier. Rompo com a eclesiologia e a soteriologia romanas, mas retenho muito da sua doutrina social. Ao término dos cursos de ciências sociais e direito, entro em um dilema existencial: advocacia, carreira diplomática, pós-graduação no exterior, ordenação ao pastoreio de uma igreja luterana, casamento?
Convidado por Paul Little para assistir à Conferência Missionária de Urbana (1967), ouço John Stott expor a Segunda Carta a Timóteo e sinto um chamado para o ministério, mas não sei qual. De volta ao Brasil, recebo um convite para ser assessor (obreiro) da Aliança Bíblica Universitária (ABU), que foi um marco na minha vida quando eu, ainda estudante, havia sido discipulado pelo missionário batista inglês Dionísio Pape. Um mês depois, sou convidado para lecionar na Universidade Católica. É a resposta de Deus: profissão e ministério na academia.
Estou com 23 anos. Permaneço mais de dez anos como missionário da ABU, cobrindo, inicialmente, uma área que vai de Manaus a Salvador. Em 1969, aos 25 anos, me caso com Miriam (já são 41 anos de casados). As portas do magistério se escancaram. Recebo propostas do colégio Presbiteriano Agnes, Americano Batista, Eucarístico (católico), da Faculdade Frassinetti do Recife e do Seminário Presbiteriano do Norte. Aprovado nos concursos para professor de ciência política nas Universidades Rural e Federal de Pernambuco, fecho o escritório de advocacia, para tristeza do meu pai, e suspendo a ordenação pastoral (permanecendo como evangelista).
Aos 26 anos, por sugestão de Neuza Itioka e a convite de Ricardo Sturz (pai), participo do processo de fundação da Fraternidade Teológica Latino-Americana (FTL) como “caçula”. Em 1970, compartilho da histórica 1ª Consulta de Cochabamba, onde integro a comissão executiva por sete anos. Além disso, participo dos CLADEs 2 e 3 -- o primeiro, em Huampani, no Peru (fiz parte da comissão diretora), e o segundo, em Quito, no Equador.
Por dez anos escrevo na coluna evangélica dominical do Jornal do Commercio, de Recife. O apoio de Richard Sturtz à minha publicação de “Cristo na Universidade Brasileira?” torna-me um escritor (1972).
Aos 30 anos (1974), estou no Rio de Janeiro cursando mestrado em ciência política na Cândido Mendes (IUPERJ) e servindo na ABU -- Região Leste. Sou convidado para participar do Congresso de Lausanne, onde tenho a liberdade de falar e integrar a Comissão de Convocação. Em seguida, sou eleito membro-suplente de Faninni e Gesiel Gomes na Comissão de Continuação, depois Comissão de Lausanne para a Evangelização Mundial (LCWE), por quatro anos. Com a constante falta de titulares, compareço a todas as reuniões e participo da maioria das consultas da fase fecunda (1974–1982) -- responsabilidade social; evangelho e cultura; estilo de vida simples -- e do Congresso de Pattaya, na Tailândia. No Congresso Missionário (Curitiba, 1976) publico o livro “Uma Bênção Chamada Sexo”. Sou o primeiro autor evangélico a se aventurar (a levar pedradas) pelo tema. Em seguida, publico “O Cristão, Esse Chato!”
De volta a Recife, passo a ocupar cargos na administração universitária, como coordenador, chefe de departamento, diretor de centro, membro dos conselhos superiores. Sirvo como obreiro na ABU e como membro dos Gideões Internacionais. Sou convidado para integrar a Comissão Teológica da Aliança Evangélica Mundial (WEF), subcomissão Ética e Sociedade, por quatro anos. Em 1978, por sugestão de amados irmãos, encerro minha abençoada década de obreiro da ABU. Ajudo a criar um movimento evangélico de conscientização política (MCDC) e preparo o livro Cristianismo e Política.
A convite do pastor presbiteriano João Campos de Oliveira, coopero por três anos em um programa de televisão. O fato de ter militantes políticos na família -- meu pai foi vereador e presidente de sindicato empresarial -- e de ter participado da política estudantil, sindical e partidária leva-me à candidatura a deputado estadual (com a Lei Falcão e o voto vinculado) como evangélico não-marxista contra a ditadura militar -- saio do gabinete e vou à escola das ruas, com os riscos da ocasião. Por doze anos sou abençoado como membro da Igreja Luterana (IELB), à qual devo minha formação no pensamento da Reforma e minhas convicções doutrinárias ortodoxas. Questões periféricas pontuais (germanismo cultural, ceia restrita, regeneração batismal, governo não-episcopal), depois de um período de discernimento, me levaram à desvinculação da IELB e a uma transição ao anglicanismo (1976). Aos 32 anos, já sou influenciado por Jonh Stott, C. S. Lewis, J. I. Packer e Michael Greene (missões aos nacionais no Nordeste). Continuo a viajar (1978–1997), pelo país e exterior, a convite de várias denominações e instituições.
Sou grato a Deus por me ter permitido três vidas em uma: a profissional, a política e a ministerial. A troca da advocacia pelo magistério universitário melhor viabilizou a compatibilização entre profissão e ministério. Como profissional das áreas de pesquisa e ensino, sempre me vi dando o melhor de mim, com ética, e ao mesmo tempo sendo um missionário ao mundo universitário. Nas Universidades Federal de Pernambuco (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco, ocupei a maioria dos cargos e funções, inclusive nos conselhos superiores. Coordenei o mestrado em ciência política e dirigi o Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFPE. Aposentado, trabalhei como voluntário cinco anos e, ao completar quarenta anos que ali entrara como calouro, fechei o escritório com um sentimento de realização pessoal e dever cumprido. Muitas vezes participei, como dublê de professor/pastor, de efemérides religiosas no campus. Essa missão para o mundo me levou a integrar a Academia Pernambucana de Educação e Cultura, o Rotary Club e a Academia Pernambucana de Ciências Morais e Políticas.
Na vida política, o fato de ter parentes paternos e maternos militantes de várias frentes, levou-me a participar da primeira greve aos 12 anos. Fiz parte do grêmio do colégio. Participei de uma diretoria da União dos Estudantes Secundaristas de Alagoas (UESA), do Centro dos Estudantes Secundaristas de Pernambuco (CESP), do Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da UFPE, de diretórios e executivas (nos âmbitos municipal e estadual) de partidos. Abracei uma candidatura profético-pedagógica a deputado estadual (na época da ditadura militar), outra candidatura a vice-prefeito, uma assessoria a prefeito e a deputado federal. Participei ainda da fundação de um sindicato e, por fim, de movimentos sociais -- inclusive fui um dos fundadores do Movimento Evangélico Progressista (MEP). Cumpri meu dever ao integrar a coordenação nacional das campanhas (1989, 1994) de Luiz Inácio Lula da Silva entre os evangélicos. Partidos e organizações foram canais históricos do exercício da cidadania responsável. Saí do PMDB quando esgotou seu projeto, com a promulgação da Constituição de 1988, e do PT com minha eleição ao episcopado (além da sua descaracterização). Não sou filiado a partidos, mas a sindicatos e associações civis. Parafraseando Nelson Rodrigues, tenho sido um “pastor de passeata”.
Na vida religiosa, tive formação cristã e fui vocacionado desde a infância. Converti-me na adolescência, e seguiram-se filiação e púlpito. Tinha visão missionária desde quando era estudante universitário. Na igreja exerci das mais humildes tarefas às maiores responsabilidades -- foi parte do meu processo de aprendizagem. O privilégio de ser ministrado por heróis da fé, a literatura a que fui exposto, a honra de ser agraciado pela Providência com a presença nos principais congressos nacionais e internacionais da minha geração fazem-me confessar a graça e a misericórdia de Deus. Desde a Igreja Romana, tenho sido um “cristão credal”, afirmando cada artigo dos Credos Apostólico e Niceno. Desde a Igreja Luterana, tenho sido um cristão confessional: afirmando cada ponto convergente das confissões de fé da Reforma. Um ortodoxo que procura ser ortoprático. No protestantismo, sempre me vi como um evangélico (evangelical) -- anunciando a expiação na cruz, o novo nascimento, a santidade e o imperativo missionário. Posicionamentos político-ideológico-partidários e o uso de ferramentas da filosofia e das ciências humanas para melhor compreender e obedecer às Sagradas Escrituras me levaram, muitas vezes, a ser tido como “liberal” por conservadores e como “fundamentalista” por liberais.

Há 34 anos sou membro da Igreja Anglicana -- 26 anos como ministro ordenado (diácono, presbítero = pastor) e aproximadamente 13 anos como bispo. No anglicanismo fiz uma síntese pessoal entre um catolicismo sem romanismo e um protestantismo sem sectarismo/legalismo. Ordenei quase cem pastores. Abri um grande número de frentes missionárias e congregações - tenho recebido uma média de quinhentos novos membros a cada ano. Mantemos obras sociais e uma mensagem integral do evangelho. Porém é também aí que tenho, nos últimos anos, vivenciado os momentos mais tristes da minha vida. Por um lado, sofri a tragédia de cismas motivados por projetos pessoais e, por outro, o confronto com heresias, que me fez perder amizades pessoais - algo que nunca tinha vivenciado no espaço secular. O anglicanismo, amplamente ortodoxo em seus 165 países, tem passado por uma crise dolorosa devido ao fato de suas províncias do espaço euro-ocidental (como acontece com outros ramos históricos) e alguns satélites na periferia terem sucumbido ao sopro iluminista-racionalista do “espírito do século”. Tal crise deve-se ainda à adoção de um relativismo e de uma “inclusividade ilimitada” (sem doutrinas e padrões de comportamento), representados pelo liberalismo revisionista pós-moderno, que tem como uma das decorrências o advogar a agenda GLSTB (homossexual). Fui difamado e processado, e sofri um nunca imaginado martírio no interior da própria igreja. Continuo, porém, ainda vivo, ministrando, assistido por meu Senhor!
Nota
Artigo publicado originalmente em três partes em março, maio e julho de 2010 na revista Ultimato

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

CONGRESSO ANUAL DO REVER - NE

O Ministério REVER (Restaurando vidas e Equipando Restauradores) estará realizando o seu Congresso Regional em Pernambuco nos dias: 25 a 28 de Outubro / 2012

LOCAL: Hotel Golden Beach, Piedade – Jaboatão dos Guararapes- PE

Pastores, se pretendem que suas igrejas desenvolvam ministérios de restauração que sejam relevantes, entrem em contato com os organizadores deste congresso e enviem líderes a conhecerem a proposta do REVER.

O REVER faz parte da visão do MAPI (Ministério de Apoio a Pastores e Igrejas) e tem ajudado várias igrejas no Brasil a desenvolverem ministérios que atuam no propósito de Deus como instrumentos de cura.

Clique aqui para baixar o folder com material de inscrição.

sábado, 28 de janeiro de 2012

A RESSURREIÇÃO DE UM AMIGO

Série: Os Milagres de Jesus

(Estudo Bíblico para grupo pequeno de evangelização)

Introdução

Jesus tinha uma amizade com um homem chamado Lázaro e suas irmãs Marta e Maria. Eles moravam numa aldeia chamada Betânia a quinze estádios ( ou 3 km) de Jerusalém. Um dia chega a notícia da morte deste amigo, depois de enfrentar uma séria enfermidade. A notícia da morte, a forma como Jesus responde a informação da enfermidade e como decide ressuscitar Lázaro, servirão para entendermos mais a respeito da mensagem do reino de Deus, e fazermos as devidas aplicações.

João 11

1. Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.

2.E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.

3.Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.

4.E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.

5.Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.

6.Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

7.Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.

8.Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?

9.Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;

10.Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.

11.Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.

12.Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.

13.Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.

14.Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto;

15.E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele.

16.Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.

17.Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.

18.(Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)

19.E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.

20.Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

21.Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

22.Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.

23.Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.

24.Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.

25.Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

26.E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?

27.Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.

28.E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.

29.Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.

30.(Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)

31.Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.

32.Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

33.Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.

34.E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê.

35.Jesus chorou.

36.Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.

37.E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?

38.Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.

39.Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

40.Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

41.Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.

42.Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

43.E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.

44.E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.

45.Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.

OBSERVAÇÃO DOS FATOS

a) Lázaro era irmão de Marta e Maria. Eles moravam numa Aldeia em Betânia, na região da Judéia (v.1).

b) João lembra que Maria, irmã de Lázaro, foi a que ungiu os pés de Jesus com um perfume bastante caro (v.2).

c) Jesus recebe a notícia de que Lázaro estava enfermo (v.4) e diz que a enfermidade não era para a morte e sim para glória de Deus.

d) Depois da notícia da enfermidade de Lázaro, quantos dias Jesus passou para ir até a aldeia em Betânia? (v. 6).

e) João faz menção de que Jesus amava a Lázaro e as suas irmãs (v. 5).

f) Qual o questionamento dos discípulos com relação à volta de Jesus a Judéia e qual foi a sua resposta? (v. 8).

g) Enquanto respondia aos discípulos, Jesus diz que Lázaro estava adormecido, e que ele iria despertá-lo (v. 11- 14).

h) Quando Jesus chegou em Betânia, Lázaro já estava sepultado(v. 17) Marta vai ao encontro de Jesus e externa seu desapontamento. Maria esperava sentada em casa (v. 20 21).

i) Jesus diz que Lázaro irá ressuscitar (v. 22, 23).

j) O que Jesus revela ser? Qual a promessa feita às irmãs e quais as respostas dadas por elas? (v. 25, 26-27).

l) O que fez Jesus comover-se e chorar? (v.35).

m) Jesus pergunta onde Lázaro tinha sido sepultado e vai até o sepulcro (v. 34). Jesus ordena que tirem a pedra do sepulcro e pede para Lázaro sair.

2. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO

a) O PROPÓSITO

Jesus disse que a enfermidade de Lázaro não era para a morte, mas para a glória de Deus.

Reflexão: Os discípulos não entenderam as palavras de Jesus, mas o Mestre sabia do milagre que seria realizado ali em Betânia. Nem sempre entendemos o porquê de tantas coisas que nos acontecem, nem o propósito de Deus em permitir tais coisas. Devemos acreditar que Deus está no controle da história e permitir que ele esteja no controle da nossa vida também.

b) APARENTE INDIFERENÇA

Jesus é avisado da enfermidade de Lázaro e mesmo assim decide ficar mais tempo naquele local. Lázaro morre e Jesus resolve ir a Betânia visitar Marta e Maria.

Reflexão: Existia uma intima relação entre Jesus e aquela família. A princípio parece estranho Jesus continuar naquele local ainda por dois dias. No entanto, mesmo distante de Marta e Maria, Jesus estava ligado a tudo que acontecia. Ele sabe tudo que acontece com você e espera pela sua confiança. Tanto Marta como Maria demonstram o quanto estavam desapontadas com a demora de Jesus. Perceba que o silêncio de Deus, não significa abandono, significa “propósito”. Se existe algo pelo qual estamos clamando e ainda não vimos resultado, confiemos no Senhor, Ele jamais nos desampara, precisamos confiar plenamente.

c) A PROMESSA

“Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crer em mim, ainda que esteja morto, viverá” (v.25)

Reflexão: Eis aí a grande esperança: a ressurreição. Jesus não fala em reencarnação, purificação através de outras vidas, mas ele fala de ressurreição. Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância (Jo 10, 10). Ele quer nos dar vida plena já nesse mundo e mais ainda, a vida eterna.

D) O MILAGRE

“Tirai a pedra” (v.39), foi a ordem de Jesus. Marta relutou, lembrando que já cheirava mal, afinal, 4 dias já se passara desde que Lázaro se foi.

Reflexão: Este milagre da ressurreição de Lázaro foi de grande valia como parte do ministério de Jesus, tanto para ilustrar o poder do Filho de Deus como para aumentar a fé nele e na ressurreição.

Conclusão

A Ressureição de Lázaro era a alternativa improvável, impossível para os que vivenciaram a dor da família enlutada. Todos duvidavam, até que uma semente de fé germinou no coração de Marta, quando permitiu que tirassem a pedra. Ela creu, apesar da multidão e viu a glória de Deus. Você crer que Jesus pode realizar milagres em sua vida? Você crer na vida plena que ele oferece? Crer também que Jesus pode lhe dar a vida eterna?


sábado, 21 de janeiro de 2012

Um milagre de Libertação - Marcos 5. 1-20

ESTUDO BÍBLICO

Introdução:

Na perspectiva divina nada acontece por acaso. Os milagres de Jesus não deixariam de seguir esta verdade, que além de mostrar sua autoridade e poder, anunciam a mensagem do Reino de Deus no intuito de trabalhar a mente humana em direção a salvação da alma.

A história do milagre de libertação começa na praia do lago da Galileia, quando lá estava Jesus com os seus discípulos, e o Senhor decide passar para a outra margem do grande lago e chegar às terras dos gadarenos (Marcos 4.35-41). Nesta viagem milagres acontecem!

Marcos 5. 1-20

1. E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.

2. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;

3. O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;

4. Porque, tendo sido muitas vezes preso com correntes e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e as correntes em migalhas, e ninguém o podia amansar.

5. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.

6. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.

7. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes.

8. Porque Jesus tinha dito: Sai deste homem, espírito imundo.

9. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.

10. E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.

11. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.

12. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.

13. E Jesus lhe deu permissão. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.

14. E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.

15. E foram ter com Jesus, e viram o endemoniado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.

16. E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoniado, e acerca dos porcos.

17. E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.

18. E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoniado que o deixasse estar com ele.

19. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.

20. E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.

I. OBSERVAÇÃO DOS FATOS

a) Jesus e seus discípulos atravessa o mar da Galileia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré. É um lago de água doce, e faz fronteira entre Israel, Cisjordânia e Jordânia, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km.

b) Jesus desembarca e logo um homem com espírito imundo foi ao encontro de dEle (v.2).

c) Espírito imundo é a mesma coisa que endemoniado – Lucas conta esta mesma história e chama-o de endemoniado (Lucas 8.26-39).

d) O homem que se aproximou de Jesus morava nos sepulcros, era violento e causava uma desordem na sociedade (v. 3-5).

e) O que gritou o homem quando viu Jesus?

f) Qual a ordem que Jesus deu ao espírito imundo? (v.8)

g) Quando Jesus perguntou o seu nome, qual foi a resposta? (v. 9)

h) Qual o pedido do espírito imundo? (v.10-12).

i) Jesus expulsa os demônios da vida do homem, que se apossam dos dois mil porcos que estavam naquele local, os quais se precipitaram no mar e morreram (v.13).

j) Qual foi a reação dos homens que cuidavam dos porcos e das pessoas daquela cidade envolvidas na história? (v. 14-17)

l) Qual era a nova realidade daquele homem após a intervenção de Jesus? (v. 15)

m) O homem que fora liberto pediu para ir com Jesus, e qual foi a orientação do Senhor? (v.18 - 20).

2. INTERPRETAÇÃO DOS FATOS E APLICAÇÃO

a) INICIATIVA DIVINA

Nada poderia interromper o objetivo da missão de Jesus. Não seria a falta de fé dos discípulos e nem o poder de destruição da tempestade durante a travessia. Importava para Jesus chegar aos gadarenos, e estrategicamente, realizar o milagre de libertação.

Reflexão:

Colocamos uma série de dificuldades para nos aproximarmos de Deus. Às vezes é a tradição religiosa, trabalho, vida acadêmica, parentes, amigos e até enfermidades. Para Jesus não há barreira que lhe impeça de vir em nossa direção. Jesus nos busca aonde estivermos, mesmo que seja do outro lado do mar. Nem sempre enxergamos o quanto precisamos de transformação, mas Deus vê e conhece tudo! Você crê que da mesma forma Deus age em relação a sua vida? Você está disposto a experimentar a transformação de Deus?

b) O MILAGRE –

O homem morava nos sepulcros, se autodestruía, era violento e causava diversos transtornos na ordem social. Tudo isto pela dominação de uma legião de demônios, mas Jesus o libertou, expulsando todos os demônios e dando-lhe paz!

Reflexão:

Infelizmente, existe uma tendência muito comum em achar que somente alguém com aquele tipo de problema, ou semelhante, precise do milagre de libertação. Puro engano! Todos nós carecemos de uma nova história a partir de Cristo. Bom seria que a história de todas as pessoas fosse marcada por uma ordem que caracterizasse uma linha divisória, que marcasse o início de uma nova vida em Cristo. O apostolo Paulo usado por Deus escreve aos II Coríntios 5.17: “Aquele que está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”.

Que milagre a sua vida necessita? Ou, a sua família?

c) A REJEIÇÃO

A mensagem do reino sempre conviveu com o fator rejeição. Que rejeição Jesus enfrentou na terra de Gadara?

Após a informação do que Jesus fez ao homem endemoniado e o que aconteceu aos porcos, as pessoas foram rogar para que Jesus deixasse aquela cidade, numa atitude de completa rejeição.

Reflexão:

As pessoas estavam dispostas a ver o homem na mesma situação, a conviverem com um grave problema social, contanto que não tivesse prejuízos econômicos. Muitos conhecem a palavra de Deus, mas a paixão pelas coisas materiais, o atrativo das riquezas e outros prazeres, contribuem para rejeitarem a Deus, mesmo diante do vazio interior pela ausência de Cristo Jesus. Já o homem que fora liberto, demonstrou total gratidão e desejo de seguir a Jesus.

Sua vida é um exemplo de aceitação ou rejeição a Jesus?

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” Mateus 10:32-33.

CONCLUSÃO:

Estudando sobre o milagre de Jesus na libertação do gadareno, aprendemos várias coisas importantes:

a) Que forças do mal se levantam para impedir a realização do plano de Deus em nossas vidas. Mas, precisamos entregar o nosso viver ao Senhor Jesus, crendo que Ele tem todo o poder no céu na terra (Mat. 28.18) e nos concede a vitória contra o mal.

b) Não somente o homem da história, mas todas as pessoas carecem de libertação. A prova disto é que todas são pecadoras: “Todos pecaram e afastados estão da glória de Deus” (Rom 3.23).

c) Jesus não obriga ninguém o aceitá-lo, mas espera que todos possam experimentá-lo e obedecê-lo.

d) Precisamos compartilhar com outras pessoas o que Jesus fez e faz em nossas vidas.

(Sugestão de modelo de estudo bíblico para pequeno grupo de evangelização)