sábado, 28 de janeiro de 2012

A RESSURREIÇÃO DE UM AMIGO

Série: Os Milagres de Jesus

(Estudo Bíblico para grupo pequeno de evangelização)

Introdução

Jesus tinha uma amizade com um homem chamado Lázaro e suas irmãs Marta e Maria. Eles moravam numa aldeia chamada Betânia a quinze estádios ( ou 3 km) de Jerusalém. Um dia chega a notícia da morte deste amigo, depois de enfrentar uma séria enfermidade. A notícia da morte, a forma como Jesus responde a informação da enfermidade e como decide ressuscitar Lázaro, servirão para entendermos mais a respeito da mensagem do reino de Deus, e fazermos as devidas aplicações.

João 11

1. Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.

2.E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo.

3.Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas.

4.E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.

5.Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.

6.Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava.

7.Depois disto, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judéia.

8.Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?

9.Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo;

10.Mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz.

11.Assim falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.

12.Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.

13.Mas Jesus dizia isto da sua morte; eles, porém, cuidavam que falava do repouso do sono.

14.Então Jesus disse-lhes claramente: Lázaro está morto;

15.E folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis; mas vamos ter com ele.

16.Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos condiscípulos: Vamos nós também, para morrermos com ele.

17.Chegando, pois, Jesus, achou que já havia quatro dias que estava na sepultura.

18.(Ora Betânia distava de Jerusalém quase quinze estádios.)

19.E muitos dos judeus tinham ido consolar a Marta e a Maria, acerca de seu irmão.

20.Ouvindo, pois, Marta que Jesus vinha, saiu-lhe ao encontro; Maria, porém, ficou assentada em casa.

21.Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

22.Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá.

23.Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar.

24.Disse-lhe Marta: Eu sei que há de ressuscitar na ressurreição do último dia.

25.Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;

26.E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?

27.Disse-lhe ela: Sim, Senhor, creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo.

28.E, dito isto, partiu, e chamou em segredo a Maria, sua irmã, dizendo: O Mestre está cá, e chama-te.

29.Ela, ouvindo isto, levantou-se logo, e foi ter com ele.

30.(Ainda Jesus não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar onde Marta o encontrara.)

31.Vendo, pois, os judeus, que estavam com ela em casa e a consolavam, que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.

32.Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido.

33.Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se.

34.E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê.

35.Jesus chorou.

36.Disseram, pois, os judeus: Vede como o amava.

37.E alguns deles disseram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?

38.Jesus, pois, movendo-se outra vez muito em si mesmo, veio ao sepulcro; e era uma caverna, e tinha uma pedra posta sobre ela.

39.Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias.

40.Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?

41.Tiraram, pois, a pedra de onde o defunto jazia. E Jesus, levantando os olhos para cima, disse: Pai, graças te dou, por me haveres ouvido.

42.Eu bem sei que sempre me ouves, mas eu disse isto por causa da multidão que está em redor, para que creiam que tu me enviaste.

43.E, tendo dito isto, clamou com grande voz: Lázaro, sai para fora.

44.E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o, e deixai-o ir.

45.Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo a Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele.

OBSERVAÇÃO DOS FATOS

a) Lázaro era irmão de Marta e Maria. Eles moravam numa Aldeia em Betânia, na região da Judéia (v.1).

b) João lembra que Maria, irmã de Lázaro, foi a que ungiu os pés de Jesus com um perfume bastante caro (v.2).

c) Jesus recebe a notícia de que Lázaro estava enfermo (v.4) e diz que a enfermidade não era para a morte e sim para glória de Deus.

d) Depois da notícia da enfermidade de Lázaro, quantos dias Jesus passou para ir até a aldeia em Betânia? (v. 6).

e) João faz menção de que Jesus amava a Lázaro e as suas irmãs (v. 5).

f) Qual o questionamento dos discípulos com relação à volta de Jesus a Judéia e qual foi a sua resposta? (v. 8).

g) Enquanto respondia aos discípulos, Jesus diz que Lázaro estava adormecido, e que ele iria despertá-lo (v. 11- 14).

h) Quando Jesus chegou em Betânia, Lázaro já estava sepultado(v. 17) Marta vai ao encontro de Jesus e externa seu desapontamento. Maria esperava sentada em casa (v. 20 21).

i) Jesus diz que Lázaro irá ressuscitar (v. 22, 23).

j) O que Jesus revela ser? Qual a promessa feita às irmãs e quais as respostas dadas por elas? (v. 25, 26-27).

l) O que fez Jesus comover-se e chorar? (v.35).

m) Jesus pergunta onde Lázaro tinha sido sepultado e vai até o sepulcro (v. 34). Jesus ordena que tirem a pedra do sepulcro e pede para Lázaro sair.

2. INTERPRETAÇÃO E APLICAÇÃO

a) O PROPÓSITO

Jesus disse que a enfermidade de Lázaro não era para a morte, mas para a glória de Deus.

Reflexão: Os discípulos não entenderam as palavras de Jesus, mas o Mestre sabia do milagre que seria realizado ali em Betânia. Nem sempre entendemos o porquê de tantas coisas que nos acontecem, nem o propósito de Deus em permitir tais coisas. Devemos acreditar que Deus está no controle da história e permitir que ele esteja no controle da nossa vida também.

b) APARENTE INDIFERENÇA

Jesus é avisado da enfermidade de Lázaro e mesmo assim decide ficar mais tempo naquele local. Lázaro morre e Jesus resolve ir a Betânia visitar Marta e Maria.

Reflexão: Existia uma intima relação entre Jesus e aquela família. A princípio parece estranho Jesus continuar naquele local ainda por dois dias. No entanto, mesmo distante de Marta e Maria, Jesus estava ligado a tudo que acontecia. Ele sabe tudo que acontece com você e espera pela sua confiança. Tanto Marta como Maria demonstram o quanto estavam desapontadas com a demora de Jesus. Perceba que o silêncio de Deus, não significa abandono, significa “propósito”. Se existe algo pelo qual estamos clamando e ainda não vimos resultado, confiemos no Senhor, Ele jamais nos desampara, precisamos confiar plenamente.

c) A PROMESSA

“Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crer em mim, ainda que esteja morto, viverá” (v.25)

Reflexão: Eis aí a grande esperança: a ressurreição. Jesus não fala em reencarnação, purificação através de outras vidas, mas ele fala de ressurreição. Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância (Jo 10, 10). Ele quer nos dar vida plena já nesse mundo e mais ainda, a vida eterna.

D) O MILAGRE

“Tirai a pedra” (v.39), foi a ordem de Jesus. Marta relutou, lembrando que já cheirava mal, afinal, 4 dias já se passara desde que Lázaro se foi.

Reflexão: Este milagre da ressurreição de Lázaro foi de grande valia como parte do ministério de Jesus, tanto para ilustrar o poder do Filho de Deus como para aumentar a fé nele e na ressurreição.

Conclusão

A Ressureição de Lázaro era a alternativa improvável, impossível para os que vivenciaram a dor da família enlutada. Todos duvidavam, até que uma semente de fé germinou no coração de Marta, quando permitiu que tirassem a pedra. Ela creu, apesar da multidão e viu a glória de Deus. Você crer que Jesus pode realizar milagres em sua vida? Você crer na vida plena que ele oferece? Crer também que Jesus pode lhe dar a vida eterna?


sábado, 21 de janeiro de 2012

Um milagre de Libertação - Marcos 5. 1-20

ESTUDO BÍBLICO

Introdução:

Na perspectiva divina nada acontece por acaso. Os milagres de Jesus não deixariam de seguir esta verdade, que além de mostrar sua autoridade e poder, anunciam a mensagem do Reino de Deus no intuito de trabalhar a mente humana em direção a salvação da alma.

A história do milagre de libertação começa na praia do lago da Galileia, quando lá estava Jesus com os seus discípulos, e o Senhor decide passar para a outra margem do grande lago e chegar às terras dos gadarenos (Marcos 4.35-41). Nesta viagem milagres acontecem!

Marcos 5. 1-20

1. E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.

2. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo;

3. O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender;

4. Porque, tendo sido muitas vezes preso com correntes e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e as correntes em migalhas, e ninguém o podia amansar.

5. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.

6. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.

7. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Rogo-te por Deus que não me atormentes.

8. Porque Jesus tinha dito: Sai deste homem, espírito imundo.

9. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.

10. E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província.

11. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.

12. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles.

13. E Jesus lhe deu permissão. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.

14. E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido.

15. E foram ter com Jesus, e viram o endemoniado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.

16. E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoniado, e acerca dos porcos.

17. E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus termos.

18. E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoniado que o deixasse estar com ele.

19. Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti.

20. E ele foi, e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilharam.

I. OBSERVAÇÃO DOS FATOS

a) Jesus e seus discípulos atravessa o mar da Galileia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré. É um lago de água doce, e faz fronteira entre Israel, Cisjordânia e Jordânia, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km.

b) Jesus desembarca e logo um homem com espírito imundo foi ao encontro de dEle (v.2).

c) Espírito imundo é a mesma coisa que endemoniado – Lucas conta esta mesma história e chama-o de endemoniado (Lucas 8.26-39).

d) O homem que se aproximou de Jesus morava nos sepulcros, era violento e causava uma desordem na sociedade (v. 3-5).

e) O que gritou o homem quando viu Jesus?

f) Qual a ordem que Jesus deu ao espírito imundo? (v.8)

g) Quando Jesus perguntou o seu nome, qual foi a resposta? (v. 9)

h) Qual o pedido do espírito imundo? (v.10-12).

i) Jesus expulsa os demônios da vida do homem, que se apossam dos dois mil porcos que estavam naquele local, os quais se precipitaram no mar e morreram (v.13).

j) Qual foi a reação dos homens que cuidavam dos porcos e das pessoas daquela cidade envolvidas na história? (v. 14-17)

l) Qual era a nova realidade daquele homem após a intervenção de Jesus? (v. 15)

m) O homem que fora liberto pediu para ir com Jesus, e qual foi a orientação do Senhor? (v.18 - 20).

2. INTERPRETAÇÃO DOS FATOS E APLICAÇÃO

a) INICIATIVA DIVINA

Nada poderia interromper o objetivo da missão de Jesus. Não seria a falta de fé dos discípulos e nem o poder de destruição da tempestade durante a travessia. Importava para Jesus chegar aos gadarenos, e estrategicamente, realizar o milagre de libertação.

Reflexão:

Colocamos uma série de dificuldades para nos aproximarmos de Deus. Às vezes é a tradição religiosa, trabalho, vida acadêmica, parentes, amigos e até enfermidades. Para Jesus não há barreira que lhe impeça de vir em nossa direção. Jesus nos busca aonde estivermos, mesmo que seja do outro lado do mar. Nem sempre enxergamos o quanto precisamos de transformação, mas Deus vê e conhece tudo! Você crê que da mesma forma Deus age em relação a sua vida? Você está disposto a experimentar a transformação de Deus?

b) O MILAGRE –

O homem morava nos sepulcros, se autodestruía, era violento e causava diversos transtornos na ordem social. Tudo isto pela dominação de uma legião de demônios, mas Jesus o libertou, expulsando todos os demônios e dando-lhe paz!

Reflexão:

Infelizmente, existe uma tendência muito comum em achar que somente alguém com aquele tipo de problema, ou semelhante, precise do milagre de libertação. Puro engano! Todos nós carecemos de uma nova história a partir de Cristo. Bom seria que a história de todas as pessoas fosse marcada por uma ordem que caracterizasse uma linha divisória, que marcasse o início de uma nova vida em Cristo. O apostolo Paulo usado por Deus escreve aos II Coríntios 5.17: “Aquele que está em Cristo é nova criatura, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo”.

Que milagre a sua vida necessita? Ou, a sua família?

c) A REJEIÇÃO

A mensagem do reino sempre conviveu com o fator rejeição. Que rejeição Jesus enfrentou na terra de Gadara?

Após a informação do que Jesus fez ao homem endemoniado e o que aconteceu aos porcos, as pessoas foram rogar para que Jesus deixasse aquela cidade, numa atitude de completa rejeição.

Reflexão:

As pessoas estavam dispostas a ver o homem na mesma situação, a conviverem com um grave problema social, contanto que não tivesse prejuízos econômicos. Muitos conhecem a palavra de Deus, mas a paixão pelas coisas materiais, o atrativo das riquezas e outros prazeres, contribuem para rejeitarem a Deus, mesmo diante do vazio interior pela ausência de Cristo Jesus. Já o homem que fora liberto, demonstrou total gratidão e desejo de seguir a Jesus.

Sua vida é um exemplo de aceitação ou rejeição a Jesus?

“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” Mateus 10:32-33.

CONCLUSÃO:

Estudando sobre o milagre de Jesus na libertação do gadareno, aprendemos várias coisas importantes:

a) Que forças do mal se levantam para impedir a realização do plano de Deus em nossas vidas. Mas, precisamos entregar o nosso viver ao Senhor Jesus, crendo que Ele tem todo o poder no céu na terra (Mat. 28.18) e nos concede a vitória contra o mal.

b) Não somente o homem da história, mas todas as pessoas carecem de libertação. A prova disto é que todas são pecadoras: “Todos pecaram e afastados estão da glória de Deus” (Rom 3.23).

c) Jesus não obriga ninguém o aceitá-lo, mas espera que todos possam experimentá-lo e obedecê-lo.

d) Precisamos compartilhar com outras pessoas o que Jesus fez e faz em nossas vidas.

(Sugestão de modelo de estudo bíblico para pequeno grupo de evangelização)

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

NEB's - Núcleo de Estudos Bíblicos

Conheci a ferramenta de evangelização NEB's (Núcleo de Estudo Bíblico) ainda como seminarista, e responsável pelo ministério de evangelização na Igreja Batista da Mangabeira, no início da década de 90, na cidade do Recife, na qual fui consagrado ao ministério pastoral.

Participamos da implantação dos NEB's, aplicando a visão bíblica de que a igreja precisa começar dos lares. Assim como foi na igreja de Jerusalém, descrita no livro dos Atos dos Apóstolos, “Todos os dias no templo e de casa em casa, não deixavam de ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo” (At. 4.42).

Os lares da igreja foram desafiados a abrirem as suas portas para que se tornassem agências missionárias. O resultado foi surpreendente! A partir do momento que conseguimos preparar uma equipe de trabalho, começou a fluir normalmente e os frutos foram bastante visíveis. Daquele trabalho muitos estão firmes e envolvidos no Reino de Deus.

Assim como foi na Mangabeira, foi também na Igreja Batista Vale do Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, onde pastoreamos por vários anos. O resultado é um despertamento espiritual para a igreja e estratégico para alcançar pessoas não cristãs.

A igreja primitiva atraia pessoas para as casas e mantinha um sistema que valorizava o estudo da doutrina dos apóstolos, investia em relacionamento (comunhão) e evangelização.

O “lar” é um excelente lugar para convidar amigos e vizinhos à refletirem na mensagem do evangelho.

Esta velha ferramenta é ótima para evangelizar dentro dos condomínios fechados. Através da igreja Batista Memorial em Piedade, iniciamos alguns Núcleos e não poderia deixar de existir na nossa recente moradia no bairro de Candeias.

Estamos confiantes de que vários grupos pequenos de evangelização se formarão a partir desta ferramenta, entre o bairro de Piedade e Candeias, em Jaboatão dos Guararapes.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cuidados para com a família

“ Se alguém não cuida dos seus, especialmente dos de sua própria casa, tem negado a fé, e é pior do que o descrente” ITim. 5.8

Mesmo a família enfrentando suas crises, conflitos de gerações e mudanças, a família é a base da sociedade e a garantia para que ela seja equilibrada, célula sagrada.

O texto que lemos faz parte das orientações do apóstolo Paulo ao pastor Timóteo quanto aos cuidados para os que fazem parte da família, destacando a situação das viúvas cristãs, e que fosse visto quem, de fato, deveria receber ajuda da igreja para sobreviver. Ele diz que deixar de cuidar dos seus, é negar a fé, porque o cristianismo é pautado na prática do amor, quando isto não acontece somos piores do que os incrédulos.

Cuidar dos seus, como condição para a sobrevivência da família. Cuidar significa se importar pelas necessidades vitais. Como o tema sugere uma série de coisas, limito-me pelo menos em dois tipos de cuidados bastante negligenciados:

CUIDADOS QUANTO AO DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Josué conduziu a sua família a amar, adorar e servir ao Senhor e pode declarar: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Js.24.15b).

Josué alerta para que aquela geração abandonasse os referenciais que os pais (antepassados) deixaram como exemplo negativo ao servirem aos ídolos. A orientação estava vindo de um líder que, como pai, se dispôs a ter sua família como referencial para influenciar positivamente as demais famílias de Israel: “Porém, eu e minha casa serviremos ao Senhor”

A afirmação de Josué é muito mais do que palavras, demonstra preocupação com a qualidade do desenvolvimento espiritual dos membros de sua família e as famílias de todo ISRAEL.

Como está o desenvolvimento espiritual dos nossos filhos e cônjuges? Cônjuges deverão partilhar dos cuidados mútuos no sentido de vê-los crescendo na graça de Cristo. A falta de cuidados espirituais tem permitido que brechas e fortalezas de satanás se instalem para transtornar o ambiente e a vida da família.

CUIDADO ATRAVÉS DA DISCIPLINA

Deus nos corrige como filhos amados (Hebreus 12:6) embora nem sempre entendemos o valor da sua correção. Embora tendo sido chamado o homem segundo o coração de Deus (1Sm 13.14 e At 13.22), Davi foi um péssimo exemplo na falta de cuidado com a disciplina em sua família.

A falta de limites, de referenciais e a compreensão dos papeis de cada um leva uma família a deriva em mares de conflitos.

O lar onde os pais não ocupam o papel de pais e filhos não enxergam uma hierarquia que seja clara, saudável, que proporcione crescimento, se constitui num lar totalmente disfuncional.

Certa vez ouvi de Alberto Frisen a seguinte frase que achei muito importante mencionar: “O pai precisa estar no lugar de pai, a mãe no lugar de mãe, o filho no lugar de filho mais velho e o filho mais novo no lugar de filho mais novo”. Então, o papel de cada um na família precisa ser reconhecido e relembrado sempre que for necessário.

Quando o cuidado com o desenvolvimento espiritual é uma realidade, os valores do Reino de Deus se mostrarão em todos os aspectos do comportamento familiar ajudando na construção de uma família, não perfeita, mas, saudável.

Não descuidemos! Que Deus nos ajude nesta importante tarefa.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A VIDA É PASSAGEIRA


Existem várias expressões na Bíblia a respeito do valor da vida. Quando comparada a erva do campo e ao vapor mostra o quanto a vida é frágil e vulnerável. “Porque Toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor. (I Pedro 1:24)

Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece” (Tiago 4:14).

Se pararmos para refletir no significado disto, a primeira coisa que poderá mudar em nós é a questão do orgulho. O alto conceito que temos de nós, interfere na qualidade das nossas relações com outras pessoas e dificulta o desenvolver duma interação saudável. Sempre que nos relacionamos com alguém e, principalmente, quando enfrentamos algum tipo de conflito, é comum transmitirmos sentimento de superioridade e que somos melhores do que a outra pessoa, quando a Bíblia diz que devemos considerar o outro superior a nós mesmos (Fil. 2.3). Segundo, a compreensão de que a vida é passageira deveria nos estimular a valorizar mais as pessoas e menos as coisas, a investir mais do pouco tempo que temos nesta vida em prol daqueles que precisam de nós e não agirmos indiferentes as dores dos que sofrem. O resultado prático desta verdade é que acharemos tempo e condições para melhor servir a DEUS!

O livro “Louco amor”, de Francis Chan, conta a história duma menina que se empenhava em oferecer aos outros a alegria que tinha, e que tão cedo foi tirada deste mundo aos 14 anos. Apesar de partir tão cedo para a eternidade, a sua vida foi um grande exemplo. Assim como a semente necessita morrer primeiro para poder germinar e dar muitos frutos, a jovem menina e a sua influência fez com que várias pessoas, mesmo após a sua morte, conhecessem o grande amor de Deus.

Apesar de saber que morreremos a qualquer momento, agimos como se fôssemos o último da fila e desperdiçamos o tempo que resta com tantas futilidades.

Entre tantas reflexões propostas pelo Francis Chan, em seu livro “Louco Amor”, é valioso refletir sobre a brevidade da vida. Creio que a reflexão pode nos ajudar a empenhar o nosso tempo e recursos, no pouco tempo neste mundo, em prol de outras pessoas, no compromisso real com o reino do Senhor e na transmissão do seu amor.

Este texto está relacionado com o conteúdo do segundo capítulo do livro Louco Amor que indico para uma ótima leitura devocional.